quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

prendas de natal que ando a fazer

Para minha surpresa depois de publicar o post anterior, vi que afinal estava num velho blogue que pensei ter desactivado quando criei o Imaginários poéticos, um blogue quase 100% dedicado à poesia..
Bom já que este existe, vou continuar e assim vou deixar aqui o que ando a fazer com o lixo, por enquanto, só papel. Já terminei uma tigela e tenho outras em fase de acabamento.
A técnica utilizada na primeira tigela foi a que usei no preenchimento das estrelas, rolinhos de papel, as outras foram feitas com o conhecido papel maché. Na última foto podem ver uma tigela terminada, o interior foi forrado com o papel dos filtros de café e no exterior deixei que se visse o material utilizado. Estas tigelas além de decorativas podem ser usadas, estão impermeabilizadas, embora não devam ser lavadas.



Natal está a chegar!

Voltei e hoje para publicar fotografias do meu trabalho artesanal, fiz uma coroa de natal, pela primeira vez, para a minha porta, a que tinha não estava capaz e resolvi pôr mãos à obra. Assim poupo uns cobres neste tempo de crise e aproveito o lixo, fazendo reciclagem e ajudando a tornar mais leve a minha pegada, neste planeta.
É claro que não desisti dos livros nem das imagens mas este trabalho, também não deixa de ser um imaginário e que com o tempo, se a criatividade me ajudar, pode tornar-se poético.

Ora aqui vos deixo a minha coroa de natal que qualquer um pode fazer, é simples, barato e divertido .


Em primeiro lugar fiz estas estrelas, com papel da publicidade de um hipermercado, que todas as semanas me invadem a caixa do correio, depois fiz um círculo de cartão onde as colei. Como sou viciada em chocolate, aproveitei depois as pratas, para dar mais cor...

E aqui está o trabalho final! De manhã vou pendurá-la na porta pois chegou o mês do Natal!

Entretanto gostei tanto destes trabalhos artesanais que já comecei a fazer as prendas para os amigos. Vou presenteá-los a todos com coisinhas feitas de lixo.

Amanhã se passar por aqui, deixo imagens do que ando a fazer!

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Poemas de Natal


Hoje ofereço as palavras maravilhosas de Miguel Torga que nos conta uma "História Antiga".
Era uma vez, lá na Judeia, um rei
Feio bicho de resto:
Uma cara de burro sem cabresto
E duas grandes tranças.
A gente olhava, reparava e via
Que naquela figura não havia
Olhos de quem gosta de crianças.
E, na verdade, assim acontecia.
Porque um dia,
O malvado,
Só por ter o poder de quem é rei
Por não ter coração,
Sem mais nem menos,
Mandou matar quantos eram pequenos
nas cidade e aldeias da Nação.
Mas,
Por acaso ou milagre, aconteceu
Que num burrinho pela areia fora,
Fugiu
Daquelas mãos de sangue um pequenito
Que o sol da vida acarinhou;
E bastou
Esse palmo de sonho
Para encher este mundo de alegria;
Para crescer, ser Deus;
E meter no inferno, o tal das tranças
Só porque ele não gostava de crianças.
Miguel Torga - Antologia Poética
Edição de autor, Coimbra, 1981